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Uganda

Uganda – Aventura com Primatas

Um destino ainda pouco explorado em comparação aos países vizinhos Quênia e Tanzânia, mas nem por isso menos encantador e com a vantagem de não ser lotado de turistas ao mesmo tempo. Batizada de “Pérola da África” por Winston Churchill, Uganda guarda muita beleza e uma impressionante diversidade no coração do continente africano.

E não é por acaso que atrai viajantes, documentaristas do mundo inteiro, e foi eleito o melhor destino por renomados guias de viagem. A nação é conhecida pelo safári de aventura e uma das principais atrações é o rastreamento de gorilas e chimpanzés. Uganda tem orgulho de preservar mais de 50% da população de gorila da montanha que resta no planeta, além de ajudar na proliferação e reconhecer esse patrimônio para futuras gerações.

Na lista de belezas naturais estão ainda vales, parques nacionais, florestas, montanhas, lagos, rios, cachoeiras que compõem cenários verdejantes de tirar o fôlego. É possível ainda observar mais de mil espécies de aves, fazer rafting no histórico Rio Nilo, cruzeiro no Lago Vitória (o maior da África), visualizar os Big 5 durante safári, realizar trilhas para rastrear os primatas, admirar uma das cordilheiras mais altas da África.

Os ugandenses são considerados um dos povos africanos mais hospitaleiros.O país é um verdadeiro caldeirão cultural, são mais de 40 grupos étnicos e mais de 30 línguas nacionais. A capital, Kampala, é moderna, agitada, foi construída ao redor de sete colinas e próxima das margens do Lago Vitória, o segundo maior lago de água doce do mundo e conhecido por ser a fonte do Rio Nilo.

Uganda é um país da África Oriental, localizado na linha do Equador e sem saída para o mar. Possui uma área de 241.559 Km², um pouco maior do que o tamanho da Grã-Bretanha. O país faz fronteira com o Sudão do Sul ao norte, com o Quênia ao leste, Tanzânia e Ruanda ao sul, e com a República Democrática do Congo a oeste.

O território ugandense está dividido em duas regiões de montanhas entre as porções Ocidental e Oriental do Vale do Rift. No centro do país corre o Alto Nilo, saindo do Lago Vitória (Nilo Vitória), formando o Lago Kioga, e seguindo para desaguar no Lago Alberto, a noroeste. Desse lago, o rio segue para o norte como Nilo Alberto, em direção à fronteira com o Sudão do Sul, onde passa a ser chamado de Nilo Branco. Uganda é muito fértil, pois 25% da área de superfície é água.

A nação está localizada no planalto do Leste africano, com média de cerca de 1.100 metros acima do nível do mar. O planalto geralmente se inclina para baixo em direção ao Sudão explicando a tendência norte do maior fluxo dos rios do país. Uganda está organizada em 56 distritos e sua população é de mais de 37 milhões de habitantes, sendo que 80% vive em zonas rurais. As principais cidades são: Kampala, Jinja, Gulu, Mbarara e Mbale.

 

 

A vegetação em Uganda é extremamente diversificada, resultado dos diferentes microclimas do país. As zonas de vegetação podem ser resumidamente classificadas de acordo com as áres de chuva, são elas: região do Lago, Região Norte e as terras altas da região Sudeste. Estas são definidos de acordo com o clima das áreas específicas.

Ecologicamente falando, Uganda é o lugar onde a savana da África Oriental encontraa floresta do Ocidente africano. As florestas equatoriais estão no centro e sul do país, já as savanas predominam nas áreas do norte e nordeste. A vegetação é mais densa no sul e geralmente se torna savana arborizada nas áreas centrais e norte. Quando as condiçõessão menos favoráveis​​, a floresta secade acácia predomina e são intercaladas com pastagens no sul. Componentes semelhantes são encontrados na vegetaçãodo Vale do Rift. As estepes (planícies sem árvores) e matas do nordeste representam asregiões mais secas de Uganda.

Na região do Lago Vitória e das montanhas ocidentais, a cobertura florestal foi substituída por capim-elefante e remanescentes florestais por causa de incursões humanas. As florestas de média elevação contêm uma rica variedade de espécies. Já as florestas de alta elevação do Monte Elgon e a Cordilheira Ruwenzori ocorrem acima de 1.800 metros e são diferentes. A vegetação dos Montes Ruwenzori vão desde a floresta tropical úmida passando por pradarias alpinas até neve permanente, uma zona é conhecida pelas suas urzes de seis metros de altura cobertas de musgo e outra pelas lobélias gigantes.Os terrenos pantanosos incluem tanto papiro e sazonais gramíneas de pântano.

Uganda tem clima equatorial, quente e úmido, mas não é uniforme por conta da altitude. Durante o dia, a temperatura média é 26°C e, à noite fica em torno de 16°C em algumas regiões. Nas regiões mais altas faz frio.

Geralmente, o período chuvoso compreende os meses de março e maio e as chuvas leves caem em novembro e dezembro. Os meses mais quentes são na estação seca entre dezembro e fevereiro e ainda entre junho a agosto.

É um destino que pode ser visitado em qualquer época do ano. A melhor época para trilhas de safári e rastreamento de gorilas é na estação seca e, normalmente, acontecem entre dezembro a fevereiro e depois entre junho a setembro. Entretanto, pode ser feito em qualquer mês do ano, mas as chuvas podem atrapalhar as condições das vias e tornar as florestas mais enlameadas.

O país possui mais de 32 diferentes línguas indígenas pertencentes a cinco grupos linguísticos distintos. Inglês e suaíli são os idiomas oficiais, juntamente com o Ganda ou Luganda são os mais comumente usados. Os dialetos Bantus e línguas nilóticas também têm grande expressividade no país.

Inglês é a língua da educação e do governo, embora apenas uma fração da população fale Inglês bem. Suaíli foi escolhido como outra língua oficial nacional por causa de seu potencial para facilitar a integração regional.

Quando os comerciantes árabes atingiram o interior de Uganda, na década de 1830, eles encontraram vários reinos africanos com instituições políticas bem desenvolvidas que datavam de vários séculos. Os mais importantes destes reinos eram Buganda, situado no centro de Uganda, e o reino de Bunyoro-Kitara, localizado ao norte e oeste de Buganda. Nessa época, os comerciantes árabes introduziram o Islamismo em Uganda.

Em 1860, exploradores britânicos chegaram ao território à procura da fonte do rio Nilo. Missionários protestantes entraram no país em 1877, seguidos por missionários católicos em 1879. Um documento oficial da monarquia britânica foi assinado e garantiu o controle do território à Imperial British East Africa Company. Um arranjo reforçado em 1890 por um acordo anglo-alemão confirmou a dominação da Grã-Bretanha sobre o território que viria a ser chamado de Uganda. Entretanto, os altos custos de ocupação fizeram com que a empresa se retirasse em 1893 e suas funções administrativas foram conduzidas por um comissário britânico.

Em 1894, o Reino de Buganda foi colocado sob um protetorado britânico formal. Em 1896, Bunyoro, Toro, Ankole e Busoga foram adicionados ao protetorado e os britânicos assinaram tratados com outras tribos do norte do Nilo. Já em 1900, a Grã-Bretanha assinou acordo com Buganda dando-lhe autonomia e transformando-o em uma monarquia constitucional controlada principalmente pelos chefes protestantes. Por volta de 1914, a região que agora é Uganda ficou completamente sob domínio da administração britânica.

Em 1921, Uganda estabeleceu seu primeiro Conselho Legislativo, mas o seu primeiro membro africano não foi admitido até 1945. Em 1958, Uganda ganha seu próprio governo interno e mais tarde, em outubro de 1962 conquista sua independência com Milton Obote como primeiro-ministro e com Buganda desfrutando de uma autonomia considerável. Um ano depois, Uganda torna-se uma República com o rei de Buganda, Mutesa, como presidente.

Em 1966, Milton Obote, que foi o líder da independência em 1963, termina a autonomia de Buganda e promove-se à presidência. A nova constituição, em 1967, dava considerável poder ao presidente. Porém, em 1971, Milton Obote foi derrubado em golpe liderado pelo chefe do Exército, Idi Amin.

No governo de Amin, Uganda se envolveu em conflitos na fronteira com a Tanzânia. Em 1979, a Tanzânia invadiu Uganda, unificando as várias forças anti-Amin sob a Frente Nacional de Libertação de Uganda e forçou o presidente Amin a fugir do país. Yusufu Lule foi instalado como presidente, mas foi rapidamente substituído por Godfrey Binaisa. Mas, Binaisa foi derrubado pelo exército em 1980.

Milton Obote torna-se presidente após as eleições. Em 1985, ele foi deposto em golpe militar e logo substituído por Tito Okello. Em 1986, os rebeldes do Exército de Resistência Nacional invadem Kampala e instauram Yoweri Museveni como presidente. Em 1996, Museveni continuou no cargo após a primeira eleição presidencial direta do Uganda.

Em 2000, os ugandenses votaram contra a política multipartidária e a favor da continuidade do sistema “sem partido” de Museveni. Em fevereiro de 2006, o presidente Museveni venceu as eleições multipartidárias contra seu rival Kizza Besigye. Os observadores da União Europeia destacaram a intimidação à Besigye e a parcialidade da imprensa oficial como problemas. Antes da eleição de 2006, Museveni alterou a Constituição para remover o limite anterior sobre o número de termos que um presidente poderia servir a nação.

Yoweri Museveni permanece no poder desde 1986, quando tomou o poder à frente de um exército rebelde. Apesar de ter feito significativas mudanças no país no sentido de restauração da estabilidade relativa e crescimento econômico após anos de guerra civil e repressão, Museveni é duramente criticado por desrespeitar os direitos humanos, pela adoção da pena de morte para os homossexuais, pela falta de liberdade de expressão no país. Além disso, pela suposta compra de votos e suborno de funcionários que trabalharam nas eleições de 2011, que o reelegeram.

Cidadãos brasileiros precisam de visto para entrar em Uganda. Ele pode ser obtido na chegada ao aeroporto Internacional de Entebbe, mediante preenchimento de formulário e pagamento de taxa. Certifique-se de ter passaporte válido pelo menos 6 meses após a data viagem.

É imprescindível ainda apresentar no embarque o Certificado Internacional de Vacinação da Anvisa, que comprova que a vacina de febre amarela foi devidamente tomada pelo menos até 10 dias antes da data da viagem.

Uganda Wildlife Authority (UWA) é uma agência do governo semi-autônomo que conserva e administra a vida selvagem do país. São 10 parques nacionais e 12 reservas sob sua jurisdição, além de cinco áreas de gestão comunitária da vida selvagem e 13 santuários da vida selvagem. Os desafios para a gestão e conservação dos animais e da biodiversidade em Uganda são inúmeros e incluem a caça furtiva, a concorrência no mercado de turismo regional, conflitos entre homens e animais e ainda crimes selvagens.

Situado no extremo norte do Vale do Rift Albertine está o parque mais visitado, o Parque Nacional de Murchison Falls, a maior e mais antiga reserva natural de Uganda com 3840 Km². Ele apresenta savanas e florestas de fauna e flora riquíssimas, além de ser dividido pelo Nilo Vitória, que mergulha 45 metros por cima do muro do Vale do Rift, criando a dramática Catarata Murchison, que é um verdadeiro espetáculo. Os frequentadores regulares das margens do rio incluem elefantes, girafas e búfalos; enquanto hipopótamos, crocodilos do Nilo e aves aquáticas são residentes permanentes.

O Parque Nacional Impenetrável Bwindi, localizado no sudoeste de Uganda, na beira do Vale do Rift, é um dos destinos mais procurados de Uganda. Mais conhecido como “Floresta Impenetrável de Bwindi”, sua vegetação densa com vales íngrimes ocupa uma área de 321 km² e sua altitude varia entre 1.160 a 2.600 mestros acima do nível do mar. Essa floresta é muito procurada por turistas do mundo inteiro porque protege cerca de 320 gorilas da montanha – cerca de metade da população do planeta, incluindo vários grupos que podem ser rastreados. Esta região biodiversa, com mais de 25 mil anos, abriga mais de 400 espécies de plantas e 120 mamíferos, incluindo várias espécies de primatas, como os babuínos e chimpanzés, assim como elefantes e antílopes. Existem ainda cerca de 350 espécies de aves, das quais 23 são endêmicas. Bwindi foi declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO em 1994 e é ainda a fonte de cinco grandes rios, que deságuam no lago Edward.

Na porção oeste de Uganda, na fronteira com a República Democrática do Congo, está um dos parques mais populares, o Parque Nacional Queen Elizabeth (ou QEII). Ocupa uma área de 2 mil km² e é considerado uma mistura de maravilhas naturais. Fica no sopé da cordilheira de Rwenzori – as Montanhas da Lua, e tem ainda uma exuberante floresta tropical, savana, colinas sinuosas, lagoas, rios, pântanos e o incrível Canal de Kazinga, que é lotado de hipopótamos e crocodilos. É a casa de 95 espécies de mamíferos, entre eles 10 variedades de chimpanzés, e ainda mais de 615 espécies de aves. É o lugar ideal para um clássico safári, descobrir os leões de Ishasha em cima das árvores, os chimpanzés de Kyambura Gorge, fazer caminhadas na floresta Maramagambo e trilhas para visualizar aves.

O Parque Nacional Floresta Kibale é o melhor lugar no leste africano para rastreamento de chimpanzés, pois vivem lá quase 1500 deles, divididos em 13 espécies. Não só os primatas impressionam, mas também a beleza e diversidade de ecossistemas, entre eles: floresta tropical, woodland, savana e pântano. Seus 795 Km², abrigam 70 espécies de mamíferos, 350 espécies de aves, mais 200 espécies de borboletas e muitas árvores raras. Os visitantes podem visualizar hipopótamos, elefantes, búfalos, leopardos, antílopes, pássaros raros, entre muitos outros animais. O parque encontra-se perto da área da cratera de vulcão Ndali-Kasenda.

Com uma área de 250 km², o Parque Nacional do Lago Mburo é o menor dos parques nacionais, mas vale a visita por ser o lar de 350 espécies de aves, sendo muitas delas raras. Além da diversidade de paisagens, que incluem florestas de savana abertas e arborizadas, lagos, pântanos, afloramentos rochosos, vertentes secas e arbustos. Crocodilos e hipopótamos são residentes permanentes e búfalos se aproximam dos lagos durante a estação seca. Há também zebras, impalas, leopardos, hienas, várias espécies de antílopes, entre outros animais. O lago Mburo juntamente com outros 13 lagos compõem um sistema alagado de 50 Km com diferentes ecossistemas e que são conectados por pântanos. Cinco destes lagos se encontram dentro das fronteiras do parque.

O país condensa um pouco de tudo que a África tem para oferecer. Uma grande biodiversidade de fauna e flora, as mais altas montanhas do continente, clássicos safáris, aventuras ao ar livre, belezas naturais impressionantes, é ainda o berço do poderoso Rio Nilo.

Só existem 3 países no mundo com população de gorilas da montanha. Uganda é um deles, juntamente com os vizinhos Ruanda e República Democrática do Congo. Entretanto, Uganda tem destaque por acolher sozinha mais da metade da população do planeta dessa subespécie em perigo de extinção.

A experiência de caminhar até 8 horas por dia, durante vários dias com guias extremamente profissionais por uma floresta densa, escura e exuberante é cansativa mas recompensadora ao se deparar com um olhar puro e selvagem dos gorilas, observá-los a poucos metros em seu habitat natural. Os passeios são tão organizados que impressionam pela qualidade e rendem momentos inesquecíveis.

Floresta Impenetrável de Bwindi foi designado Patrimônio Mundial pela UNESCO, em 1994, porque reúne mais de 50% da população mundial de gorilas da montanha, além de chimpanzé. Já o Parque Nacional Montanhas Ruwenzori recebeu o título de Patrimônio Mundial pela UNESCO, pois abriga a montanha mais alta do país, o pico Margherita, e um dos mais altos do continente. As montanhas Ruwenzori são conhecidas como Montanhas da Lua, seus picos com neve fazem o contraste com o cenário verdejante ao redor.

Uganda tem ainda uma grande quantidade de chipamzés, macacos dourados de Mgahinga, entre outros primatas. Os turistas podem rastreá-los na Florestas Impenetrável de Bwindi, Parque Nacional Mgahinga e na Ilha Ngamba.

O país é considerado um dos melhores destinos de observação de aves no mundo, são mais de mil espécies registradas no seu território, muitas endêmicas do país, especialmente na região de Albertine. Essa grande diversidade representa 67% das aves de toda África e 11,1% da população total do mundo. Por isso, o país é parada obrigatória para os amantes da observação de aves.

Uganda é reconhecida como a terra dos maiores lagos e rios, quase um terço do país é coberto por água. Lago Vitória, o maior da África, domina a fronteira sul do país. Esses lagos de água doce proporcionam diversas atividades: rafting, cruzeiros no Lago Vitória, pesca esportiva e vela.

A origem do histórico e poderoso Rio Nilo é em Jinja, a 90 km ao leste de Kampala. É possível ver a nascente do Nilo e fazer rafting suas em águas cristalinas.

Existem muitas opções de atividades ao ar livre, desde safári, caminhadas, escaladas, passeios de barco. Mas os visitantes também podem relaxar na acomodação que é cercada de maravilhas naturais, os cenários variam de acordo com a região e pode apresentar montanhas, colinas, vales, florestas tropicais, savana, pântanos, crateras de vulcão extintos, lagos, rios, canais, além da variedade de animais.

A nação é um verdadeiro caldeirão cultural com mais de 40 grupos étnicos. Conhecer as tradições milenares, os costumes, danças, crenças e o artesanato local é importante, além de ajudar na sustentabilidade de comunidades ao redor dos parques nacionais.

Kampala é uma cidade interessante, concentra 47% da população urbana. Tem muito verde ao redor, está próxima às margens do Lago Vitória, é um lugar seguro para caminhadas pelas ruas e não tão agitado como outras capitais africanas. Os mercados abertos lotam as calçadas, os produtos frescos das zonas rurais são expostos nas barracas. Há ainda muitos restaurantes, bares, museu, shopping centre e teatros no centro da cidade. A vida noturna é animada com muita música e dança.

Os ugandeses são muito simpáticos, recebem os visitantes com sorriso largo e estão sempre dispostos a ajudar. Não foi por acaso que renomados guias de viagem consideraram Uganda como um dos destinos mais hospitaleiros da África.

Uganda tem a vantagem de ser um país pequeno em relação aos padrões africanos e isso facilita na logística da viagem, além de ser um destino muito seguro. Na parte sul do país, as estradas são boas entre a maioria dos grandes centros. Já no norte, no entanto, as estradas secundárias são geralmente esburacadas e depois de fortes chuvas tornam-se intransitáveis sem um veículo com tração 4×4.

Em Kampala e na maioria das grandes cidades, as bicicletas e motocicletas são populares e chamadas de Boda Bodas. Elas são usadas em pequenas distâncias e têm tarifas negociáveis.

Todos os lugares em Uganda podem ser acessíveis por microônibus, que são conhecidos como “taxis”. As tarifas são fixas e a sinalização indica o destino do veículo. Os Taxis Minibus começam a circular quando cheios, a partir de Kampala, e quase sempre estão lotados.

Ônibus comuns também conectam as principais cidades. Eles são mais baratos do que os taxis minibus e são geralmente mais rápidos, pois não param toda hora para pegar e deixar passageiros. A maioria das cidades tem uma estação de ônibus/parada de taxi.

O aluguel de carro é possível, mas um pouco caro. Motoristas precisam da licença internacional para dirigir nas cidades, além disso, prestar atenção nas ruas de sentido único, especialmente em Kampala. Outro fator que desanima é o grande congestionamento, que começa as 7h da manhã e vai até 22h. O motorista dirige no lado esquerdo e o sentido das vias obedece a mão inglesa. O mais indicado é planejar a viagem com agências de turismo especializadas que irão ofecerer todo suporte em relação ao transporte durante a viagem com guias locais e experientes.

Uma balsa regular conecta Nakiwogo, em Entebbe, e as ilhas Ssese, no Lago Vitória, e outra entre o pier Bukakata, perto da cidade Masaka e ilhas Ssese. Normalmente, esta viagem demora cerca de 3 horas.

A malha aérea oferece voos para os parques nacionais, existem mais opções para a região sul do país. A capital Kampala está localizada a 34 km ao norte do Aeroporto Internacional de Entebbe, tornando-a um ponto de chegada e saída para os passeios.

Uganda é sinônimo de rastreamento de primatas em florestas montanhosas e muita caminhada, escalada, observação da vida selvagem. Portanto, roupas confortáveis e não muito apertadas são essenciais. As melhores opções são camisas de manga comprida e calças em tons neutros, leves e de algodão. Evite muitas cores e tons vibrantes, a cor azul atrai mais moscas tsé-tsé e deve ser evitada também, mas calça jeans não tem problema. Além disso, leve botas apropriadas para caminhadas e que resistem a trilhas com lama.

É recomendado levar casaco leve de chuva porque mesmo na época seca pode chover; luva fina (tipo de jardinagem) para facilitar durante as trilhas a segurar nas árvores e troncos; bolsa de costas para carregar água, comida; bastão de caminhada, que ajuda em terrenos com declives; chapéu. Inclua ainda na mala protetor solar sem cheiro, óculos de sol, binóculos, kit de primeiros socorros, repelente de insetos sem cheiro, sua câmera para registrar belos momentos e extra baterias.

O Xelim de Uganda (UGX, sigla internacional) é a moeda oficial do país e considerada estável.

O dólar americano é facilmente trocado nos maiores bancos e casas de câmbio (Forex bureaux), inclusive notas menores oferecem melhores taxas de conversão do que as notas de US$ 50 e US$ 100. É aconselhável trocar dinheiro em Kampala porque as taxas são muitos menores do que em outras cidades. As taxas de troca de travellers cheque são cerca de 2% menores do que dinheiro, por isso vale a pena levar para a viagem também.

Geralmente, o horário bancário é das 9h às 15h de segunda a sexta-feira e das 9h ao meio-dia aos sábados. Alguns bancos abrem mais tarde. Agências de Forex bureaux ficam normalmente abertas até às 17h.

Cartões de crédito são usados, mas geralmente é cobrada uma taxa de 5% pela sua utilização. Cartão Visa é o mais fácil de ser usado nos caixas eletrônicos, apenas alguns aceitam MasterCard e esqueça American Express em Uganda. Caixas eletrônicos do Banco Standard Chartered aceitam cartões de crédito internacionais e estão espalhados em Kampala, Jinja, Mbale e Mbarara.

Durante os passeios, leve sempre uma quantia em dinheiro para compras nos mercados ou nas bancas na beira da estrada porque facilita na hora de negociar os preços das mercadorias.

O país possui um imposto de 18% sobre a circulação de mercadorias (VAT) que é adicionado ao preço da maioria dos produtos e serviços.

O Rastreamento de Gorila é limitado a apenas 18 pessoas por dia e as licenças estão disponíveis apenas para pessoas acima de 18 anos. Estas podem ser obtidas a partir do Uganda Wildlife Authority. Os valores pagos são totalmente revertidos para a manutenção do trabalho e preservação e proliferação dos gorilas.

Gorilas e primatas de Uganda não são ameaçadas de extinção, eles são bem monitorados e rastreados, especialmente nas trilhas com os visitantes. Guias e seguranças estão sempre em alerta e prontos para ajudar em caso de adversidade.

Siga corretamente todas as instruções dos guias durante os safáris de caminhada e rastreamento de animais, seja o momento certo de tirar foto, como agir diante dos animais, a direção correta do trajeto, etc.
O processo de adaptação dos animais com a presença humana pode levar até dois anos. Portanto, siga as orientações do guia porque os gorilas da montanha, chimpanzés, macacos dourados são imprevisíveis em seu habitat natural.

Não nadar em rios e na maioria dos lagos mesmo que pareçam tranquilos, pois podem existir crocodilos, hipopótamos e há ainda o risco de contrair a doença esquistossomose.

Não beber ou usar água da torneira para escovar os dentes. Prefira sempre água engarrafada ou que você mesmo ferveu. Também não aceite gelo, sucos que tiveram água adicionada.

Durante os safáris de caminhada é possível alugar um “porter”, que é um membro da comunidade local que poderá ajudar a carregar bolsas de costas, comida, seus pertences ao longo do trajeto. Ele é muito útil porque as caminhadas são acima de 1.500 metros e todos os itens citados não podem ficar com os turistas na aproximação dos gorilas, chimpanzés. Apenas é permitida a câmera fotográfica sem flash para não distrair os animais.

Na maioria dos locais é possível alugar também um bastão de caminhada. Ele é indicado principalmente no rastreamento dos gorilas porque o terreno é escorregadio e inclinado.

Não é recomendado caminhar para longe do acampamento ou das tendas sem a presença do guia, pois frequentemente há elefantes, hipopótamos e predadores ao redor das acomodações.

Uganda é um destino seguro, mas em algumas áreas os visitantes devem redobrar a atenção, consultar autoridades locais antes de circular no norte do Parque Nacional Murchison Falls e em torno de algumas cidades, como Lira e Gulu. Além disso, no extremo nordeste do país.

Evite viagens à noite por estrada fora das grandes cidades, exceto entre Kampala e o aeroporto de Entebbe.

O estilo de vestimenta em Uganda é bem tradicional. Geralmente, não é culturalmente apropriado para as mulheres mostrar suas coxas. Saias e vestidos abaixo do joelho, capris, ou calças compridas são as melhores apostas para as turistas.

A voltagem do país é 240V e a frequência 50Hz. Leve seu adaptador universal porque a tomada é do tipo “inglesa”.

Se gosta de ler à noite é recomendado levar uma luz ou lanterna para leitura porque não é comum encontrar abajur nas acomodações mesmo nas mais caras.

Internet pode ser acessada em internet cafés, alguns restaurantes tanto em Kampala como na maioria das grandes cidades.

Aconselhamos aquisição de seguro de viagem internacional antes do embarque. Ele deve cobrir doença, acidente, roubo, evacuação aérea e ainda despesas hospitalares.

A vacinação contra febre amarela é obrigatória para todas as pessoas que residem em regiões e países onde a doença é endêmica, ou seja, é imprescindível para os cidadãos brasileiros apresentarem o Certificado Internacional de Vacinação da Anvisa com a vacina de febre amarela.

Vacinas contra Hepatite A, B, cólera, meningite, tétano, raiva e febre tifóide também são indicadas para os viajantes, especialmente para quem vai ter contato próximo com os primatas.

O país apresenta risco de Malária, por isso, as autoridades locais recomendam medidas profiláticas contra a doença. Procure seu médico antes de viajar, ele aconselhará a melhor opção para você. Algumas precauções são necessárias: vestir camisas de mangas compridas, calças, especialmente após o por do sol e ao amanhecer, usar repelentes de insetos sobre a pele exposta e, quando necessário, dormir com mosquiteiro.

Os gorilas são os parentes mais próximos do Homem, com 97% da nossa constituição biológica. Cada grupo de gorilas é liderado por um enorme macho adulto, conhecido como SilverBlack ou “costas prateadas“, em razão de seu dorso peludo cinza-prateado.

Nos filmes, os gorilas ficam de pé e batem no peito como se fossem para demonstrar força ou anunciar um ataque, mas, na verdade, eles fazem isso quando estão contentes. O gorila tem aspecto assustador com até seus dois metros de altura, mas é, em geral, tímido e retraído, só ataca quando precisa se defender de ameaças.

O nome Uganda faz referência a um épico herói local, um grande caçador de elefantes, chamado Ganda, e significa em dialeto local “país do povo de Ganda“.

A ave nacional é o grou-coroado, conhecida no país pela sua natureza bondosa e também era o emblema dos soldados ugandenses durante o domínio britânico. A ave inclusive está representada na bandeira de Uganda.

A vestimenta tradicional é o Barkcloth, que é usada como uma toga por ambos os sexos, mas as mulheres colocam uma faixa em torno da cintura. Enquanto barkcloth comum tem cor de terracota, o barkcloth de reis e chefes são tingidos de branco ou preto e vestido em um estilo diferente para reforçar o seu status. Os artesãos ugandenses produzem seu artesanato com o barkcloth, uma fibra vegetal originária do país.

Uganda é conhecida como a “República Africana da Banana”, são mais de 50 variedades. Lá cresce mais dessa fruta do que em qualquer lugar do mundo, com exceção do Brasil.

Os  pratos típicos do país incluem tanto o peixe como a carne. Entre os mais comuns encontra-se o matoke, preparado com bananas, pão de milho e pedaços de frango ou carne de vitela, e também o peixe grelhado acompanhado de pedaços de tomate.

O lanche rápido e favorito em Uganda é chamado de Rolex, não há nenhuma semelhança com relógios, o nome é derivado da palavra “enrolado de ovos”. É um enrolado de Chapati (um pão fino que parece uma tortilha mexicana) e recheado com ovos, legumes e/ou linguiça. Facilmente encontrado nos distritos Masaka e Kampala, nos cruzamentos movimentados. Ele é preparado em fogão a carvão e em cima de uma chapa quente redonda.

A bebida mais popular de Uganda é o Waragi, um vinho fermentado de banana.

O filme “A Rainha Africana”, de 1951 e estrelado por Humphrey Bogart, foi filmado no Lago Albert e no Nilo, em Murchison Falls National Park.



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