DMC & Events (Destination Management Company)

Moçambique

Moçambique – Terra dos contrastes

Quem gosta de sol, mar, temperaturas quentes, curte aventura e privilegia o luxo e conforto esse é o lugar certo. Moçambique oferece uma extensa costa, com ilhas românticas, praias paradisíacas de areias brancas, águas mornas e azuis. Mas há ainda atrações turísticas como safáris nos parques e reservas do interior do país, a possibilidade de conhecer lugares intocados e cheios de história e cultura local.

Cada região moçambicana apresenta características específicas, desde aspectos ambientais e culturais, formando um interessante mosaico a partir de influências africanas, árabes, indianas e portuguesas. O país é conhecido pelos seus contrastes, e não são poucos, basta conhecer a moderna capital Maputo e os outros distritos para entender perfeitamente.

Mas, o que há em comum em todo território é a hospitalidade do povo moçambicano, seja nas áreas turísticas ou em comunidades remotas, o sorriso no rosto está sempre presente. Além da alegria em servir, mesmo num ritmo mais pausado.

A culinária de Moçambique é um capítulo à parte, a forte união de valores culturais dão um sabor especial a uma cozinha mestiça e curiosa. O famoso camarão tigre e as lagostas deixam qualquer apaixonado por frutos do mar de queixo caído e as comidas bem apimentadas são a marca registrada do país.

Localizado na costa sudeste da África, Moçambique tem uma área territorial de 799.380 km² e sua linha costeira (norte a sul) abrange 2.700 km. O país faz divisa com a Tanzânia, Malawi e Zâmbia (ao norte), Oceano Índico (leste), Zimbábue e África do Sul (oeste) e com Suazilândia e também África do Sul (ao sul).

O relevo de moçambicano varia de acordo com cada região, sendo que na região sul há predominância de planícies, mas também na região sul e norte os planaltos e montanhas estão presentes. A disposição orográfica associada a um clima tropical origina numerosos rios que correm em paralelo para o Oceno Índico. O gigante rio Zambezi percorre 819 km por todo o país e drena mais de 225 mil km² da região central.

Moçambique está dividido em 10 Províncias distribuídas em três regiões, são elas: Maputo (capital), Gaza e Inhambane na região Sul; Sofala, Manica, Zambézia e Tete na região Central e Niassa, Nampula e Cabo Delgado na região Norte. O Tete é uma das províncias mais ricas, já Niassa tem a menor densidade populacional, além disso parte da sua área faz costa com o Lago Niassa, o terceiro maior da África.

A população moçambicana é composta por 23 milhões de habitantes dos quais cerca de 30% vivem nos principais centros urbanos, entre eles, Maputo (a capital), Matola, Beira e Nampula.

Moçambique apresenta três tipos de vegetação: floresta densa nas terras altas do Norte e Centro do país; floresta aberta e savana no Sul e, já na zona costeira estão os mangais (plantas com adaptações específicas para sobreviver em condições de submersão em águas salobras).

Essa diversidade proporciona belas paisagens, tanto nas zonas altas como nas áreas costeiras. Esses ecossistemas constituem ainda o habitat de espécies selvagens como elefantes, leões, leopardos, chitas, hipopótamos, antílopes, tartarugas, macacos e grande variedade de aves.

Em geral, o clima é tropical úmido devido às monções do Oceano Índico e pela corrente quente do Canal de Moçambique. Além de apresentar estação seca que, no Centro/Norte varia de quatro a seis meses; no Sul, com clima tropical seco, prolonga-se por seis a nove meses. Nas montanhas, o clima passa a ser tropical de altitude e no interior de Gaza o clima é tropical árido.

A umidade e as precipitações variam amplamente em todo o país, o contraste é mais acentuado entre o norte e o sul. A costa de Moçambique normalmente oferece sol, céu azul e temperaturas entre os 24 e 27° C.

Na estação chuvosa, de outubro até abril, as fortes chuvas causam alagamentos e nesse período, os termômetros marcam 30°C, em algumas áreas. As regiões mais quentes estão no norte, na zona de Pemba, na seca parte ocidental do Tete e ao longo do vale do Zambezi.

Apesar de ser um destino que pode ser visitado em qualquer mês do ano, a melhor época é entre maio e setembro, na estação seca e com temperaturas entre 18 e 20°C. Além disso, é mais fácil visualizar os animais selvagens nos parques nacionais. No auge dos meses de chuva (fevereiro e março), as estradas ficam inacessíveis em áreas remotas e inundadas em zonas do sul e centro do país.

Moçambique possui uma grande variedade línguistica. O idioma oficial é o português, mas ele é amplamente falado apenas em Maputo e áreas urbanas. Entretanto, existem cerca de 43 línguas de origem Bantu, sendo 10 delas consideradas línguas nacionais. Entre elas, as mais faladas pela população são: emakhuwa (26,3%), xichangana (11,4%) e elomwe (7,9%).

O inglês também é amplamente usado para negócios, principalmente nas zonas urbanas ou turísticas.

Cidadãos brasileiros precisam de visto de entrada para Moçambique que deve ser providenciado na Embaixada da República de Moçambique no Brasil. O visto tem validade de 30 dias e demora até 15 dias para ficar pronto, por isso, programe-se com antecedência.

Os documentos necessário são:

  • Passaporte original com validade mínima de 6 meses;
  • Cópia das páginas 1 e 2 do passaporte;
  • Duas fotos tipo 3×4;
  • Cópia da reserva do hotel;
  • Carta convite de quem convida com assinatura reconhecida em cartório. Se o convite for feito por pessoa jurídica, a carta deverá conter carimbo e timbre da instituição ou empresa que formula o convite.
  • Formulário devidamente preenchido e assinado pelo requerente;
  • Cópia do certificado internacional de vacina contra febre amarela;
  • Comprovante de depósito original (após pagamento das taxas).

Para mais informações, entre em contato com a Embaixada de Moçambique, em Brasília.

EMBAIXADA DE MOÇAMBIQUE NO BRASIL
SHIS, QL12, Conjunto 07, Casa 09
Lago Sul, CEP: 71.630-275, Brasília-DF
Tels.: (61)3106 2807 ou (61) 3106 2808 (Setor Consular)
Fax.:  (61)3248 3917
Email: consulado@mozambique.org.br

No século III, tribos que falavam Bantu se moveramm para áreas ocidentais e centrais da África. No século XI, o império Shona se desenvolveu entre os rios Limpopo e Zambezi. Em 1498, a expedição liderada pelo explorador português Vasco da Gama chega na costa moçambicana. Já durante os séculos XVI e XII, os portugueses começam a explorar o interior da região e, após campanhas militares, os colonos estabelecem postos comerciais e empresas de mineração e a terra é dividida entre os colonos europeus. Nos dois séculos seguintes, Moçambique se torna importante centro de comercialização de escravos.

Em 1842, Portugal proíbe o tráfico de escravos, mas ele continua clandestino por muitas décadas. Grandes extensões do território começaram a ser alugadas pelos portugueses para empresas comerciais, que usavam a mão-de-obra africana para promover seus interesses e construir infra-estrutura. Em 1891, Portugal e Grã-Bretanha delimitam as fronteiras no oeste e sul do território moçambicano. A capital colonial passa a ser Lourenço Marques, em 1902. Só em 1932, Portugal rompe com as empresas comerciais e impõe diretamente as regras na colônia.

Devida à grande prosperidade econômica da colônia, milhares de novos colonos portugueses se estabeleceram em Moçambique entre os anos 1950 e 1960. Ativistas exilados que eram contra o domínio português se encontraram na Tanzânia, em 1962, com o objetivo de formar o partido Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), liderado por Eduardo Mondlane. Em 1964, as forças da Frelimo começaram a guerra de independência, suas táticas de guerrilha frustraram os portugueses e a Frelimo assumiu o controle de grande parte do norte do país.

Em 1974, com o golpe militar em Portugal, o novo governo apoiou a autonomia das colônias portuguesas, nesse período cerca de 250 mil portugueses regressaram ao seu país de origem. Foi então que Portugal e a Frelimo assinaram o Acordo de Lusaka e um governo de transição foi estabelecido em Moçambique. Em 1975, o país conquista sua independência e a Frelimo governa sob o sistema de partido único com o seu líder, Samora Machel, como presidente.

No ano seguinte, Lourenço Marques passa a ser chamada Maputo. Além disso, o Renamo, um grupo de resistência anti-Frelimo, foi criado por brancos da Rodésia para lutar contra as forças da Frelimo. A partir desse episódio, Moçambique impõe sanções econômicas à Rodésia. Em 1977, a Frelimo adota doutrina marxista-leninista e, em 1980, a Remano recebe apoio da África do Sul após o colapso do regime da Rodésia. Só mais tarde, em 1984, sob acordo Nkomati, um pacto de não-agressão para evitar que Moçambique desse apoio para o Congresso Nacional Africano (ANC) em troca da retirada do apoio sul-africano à Remano. Porém, o acordo que tentava um cessar-fogo não deu certo, teve curta duração e a Remano continuou suas ofensivas.

O presidente Machel foi morto em acidente aéreo, na África do Sul, em 1986 e Joaquim Chissano se tornou o presidente da República de Moçambique. Em 1989, a Frelimo renuncia à doutrina marxista-leninista e no ano seguinte o governo altera a Constituição para permitir um sistema político multipartidário e as conversas iniciais, na tentativa de um acordo, ocorrem entre o governo e a Renamo. A guerra civil e a seca nos anos 1990 devastou o país. Porém, só em 1992 que finalmente o presidente Chissano e o líder da Renamo, Afonso Dhaklama, assinaram acordo de paz, em Roma. Em 1994, Chissano é eleito presidente e no ano seguinte Moçambique se torna membro da Commonwealth. Em dezembro de 1999, Chissano vence o líder da Remano nas eleições presidenciais.

Grandes inundações, em fevereiro de 2000, deixaram o país devastado novamente, especialmente o sul de Moçambique, onde dezenas de milhares de pessoas tiveram que fugir e o rastro de destruição foi enorme. Em novembro do mesmo ano, mais de 40 pessoas morreram durante os tumultos nos protestos da Renamo contra a eleições de 1999. Renamo alegava que a votação foi fraudada, porém os observadores internacionais disseram que a eleição foi livre e justa.

Em junho de 2002, Frelimo escolhe seu líder veterano na luta pela independência, Armando Guebuza, como candidado para as eleições presidenciais de 2004. Chissano não aceitou o pedido para concorrer ao terceiro mandato. Guebuza derrotou seu grande rival da Remano, Afonso Dhlakama, nas eleições e assumiu o poder em fevereiro de 2005. Depois, em 2010, ganhou a reeleição com mais de 75% dos votos e a Renamo volta a alegar fraude generalizada, enquanto os monitores acusam a comissão eleitoral de falta de independência.

Em junho de 2012, a tensão entre as autoridades do governo e da Remano deixou a população com medo de uma nova guerra civil. Em novembro de 2013, manifestantes em Maputo, Beira e Quelimane se mostram contrários aos sequestros e também confronto entre as tropas do governo e membros da Remano.

O governo moçambicano está cada vez mais preocupado com a preservação e conservação da fauna e flora do país. Existem 6 parques nacionais, 6 reservas de fauna, 14 reservas florestais e 12 coutadas de caça, áreas onde é permitida a caça de animais selvagens. Todos juntos cobrem uma área total de cerca de 128.749 Km², o equivalente a 16% do território nacional.

Além disso, três Áreas de Conservação Transfronteira (ACTF) são encontradas em Moçambique. Os países da África Austral adotaram o princípio da criação de áreas de conservação transfronteiriça como forma de promover a cooperação regional na gestão e o uso sustentável dos ecossistemas que transcendem as fronteiras nacionais.

O Parque Nacional de Gorongosa é o grande tesouro do país, apesar de não ser o maior deles. Sua riqueza consiste na diversidade de solos que criam ecossistemas distintos. Os turistas podem ver as pradarias com acácias, savana, floresta seca em zonas arenosas, lagunas sazonais que dependem das chuvas, planaltos com florestas de miombo, floresta úmida próxima de desfiladeiros calcários. Por conta dessa combinação, o parque abriga um das mais densas populações de animais selvagens da África e além de ser um dos mais cênicos com paisagens espetaculares. Localizado no distrito de Gorongosa, em Sofala, na extremidade sul do Vale do Grande Rift, sua extensão de 4.067 km² é habitat natural de leões, elefantes, búfalos, leopardos, hipopótamos, crocodilos, zebras, pala-palas. Além de facocero, porco-do-mato, gato serval, civeta, geneta, macaco-cão, macaco de cara preta, diversas espécies de antílopes.

O Parque Nacional do Limpopo está situado no distrito de Massingir, na província de Gaza, e abrange uma área de 10 mil km², sendo o mais extenso do país. Os turistas são agraciados com 10 tipos de paisagens, desde planícies arenosas, planícies calcíticas com savana de arbustos de mopane; matas de mopane; savana arborizada até planícies aluviais. Sua fauna é composta por 505 espécies de aves, 147 de mamíferos, 116 de répteis, duas endêmicas (lagarto das areias com cauda azul e lagarto de Coaster de nariz em espátula; 49 espécies de peixes das quais três merecem estatuto especial de conservação, sendo dois habitantes das lagoas sazonais e peixe de pulmões e ainda 34 espécies de rãs.

Com uma área de 7.500 Km²,o Parque Nacional das Quirimbas estáno arquipélago das Quirimbas, na província de Cabo Delgado. Nele, encontram-se várias espécies marinhas e terrestres: tartaruga, dugongo, baleia, tubarão, elefantes e outras espécies de grande porte.A área do parque é atravessada por três rotas migratórias de elefantes, existindo ainda leões, leopardos, búfalos mabecos, pala-palas, elandes, aves de rapina (águias e flamingos), peixes do mangal, tartarugas marinhas, entre outros. O recife de coral proporciona condições para o mergulho e snorkelling.

A Reserva Natural de Bazaruto, com 1.600km², é o único inteiramente marinho e estabelecido para proteger espécies de fauna marinha, entre eles: dugongos, tartarugas marinhas e golfinhos. Cerca de 150 dugongos – espécie ameaçada de extinção – que estão nesta área, constituem a única população viável na costa oriental da África. A reserva está situada no arquipélago de Bazaruto, na província de Inhambane, e os turistas irão avistar ainda muitas aves exóticas e recifes de corais.

O país tem muitas praias famosas e com ótimas estruturas para os visitantes, entre elas: Vilanculos, Pemba, Tofo, Quirimbas, Ilha de Moçambique, Fernão Veloso, Chocas, Morrungulo, Inhassoro, Inhambane, Bazaruto, Zongoene, Xai-Xai, Bilene, Marracuene, Inhaca, Ponta de Ouro e Ponta de Malongane. O passeio de barco pela costa moçambicana é inesquecível.

Estima-se que os recifes de coral em Moçambique ocupem uma área entre 1. 290 Km² e 2 .500 Km². Eles constituem uma das principais atrações na indústria de turismo e sua biodiversidade é a base das pescarias tropicais e ecoturismo marinho.

A ilha de Moçambique, na província de Nampula, é considerada um Patrimônio da Humanidade, pela UNESCO. Ela é importante testemunha do surgimento e desenvolvimento das rotas marítimas portuguesas entre a Europa ocidental e a Índia e depois para toda Ásia. A arquitetura da cidade e as das fortificações na ilha, e na menor ilha de St. Laurent, são um excelente exemplo da mistura das tradições locais, das influências portuguesas, indianas e árabes.

O Arquipélago das Quirimbas é composto por 32 ilhas. Há resorts de altíssimo luxo e que deixa qualquer turista se sentindo no paraíso. Paisagens intocadas, reservas naturais de tartarugas, golfinhos, dugongos, várias espécies de pássaros e de peixes. Os recifes de corais estão intactos com as suas cores de origem. É possível fazer snorkelling nestas águas tranqüilas e ficar bem perto de peixes coloridos.

A ilha de Ibo ficou isolada do mundo por mais de um século, por isso, é considerada um dos grandes segredos de Moçambique. Sua beleza vai além das águas turquesas e animais ao redor, é uma grande chance de conhecer a história do país: os passos dos piratas, o comércio de escravos, ouro e marfim, que foram muito presentes lá.

Na costa de Moçambique, o viajante terá a oportunidade única de conhecer de perto um Dudongo, espécie marinha ameaçada de extinção. É um animal roliço que se movimenta lentamente e tende a viver em baías protegidas por recife de coral ou ilhas com profundidades de até 5 metros. Também gostam dos canais de mangais, provavelmente porque é o único mamífero que se alimenta primariamente de plantas, especialmente sargaço. Podem ser encontrados no rio Save e no distrito de Vilanculo.

Existem muitas opções de safáris fotográficos em áreas de preservação, entre elas: no Parque Nacional da Gorongosa, no Parque Nacional do Limpopo ou na Reserva do Niassa, onde os animais ainda vivem num verdadeiro estado selvagem e ao redor de paisagens de tirar o fôlego.

O Parque Nacional de Gorongosa tinha o maior número de biodiversidade de fauna por km² de qualquer parque da África. Os safáris fotográficos são realizados em jipes e percorrem 150 km dentro do parque, onde é possível ver a antiga casa dos leões, o mirante dos hipopótamos, as falésias calcárias de Cheringoma, lago Urema e planícies aluviais (tandos). Não deixe de visitar ainda as cascatas do rio Murombodzi em plena Serra da Gorongosa e apreciar o lindo pôr-do-sol com as belas paisagens africanas.

Mas quem gosta de agitação deve visitar a capital Maputo que já é bem diferente do restante do país. Suas avenidas largas, cheias de acácias e jacarandás, são muito movimentadas, a cidade está cercada por cafeterias, galerias de artes, museus, mercados nas ruas, feiras de artesanato. Além disso, tem uma vida noturna bem agitada, ótimos restaurantes e opções de acomodações. Entre as atrações estão também a reserva especial de Maputo, a barragem dos pequenos Libombos, a idílica vila da Namaacha, Baía de Maputo e Inhaca.

O moçambicano é hospitaleiro por natureza, está sempre com sorriso no rosto e acolhe muito bem os turistas. Desde os resorts mais luxuosos até acomodações mais simples, o serviço é bem executado. Nas cidades mais isoladas, nas comunidades mais pobres, os turistas são recebidos com festa e são cercados especialmente pelas crianças.

A culinária moçambicana é de deixar qualquer apaixonado por frutos do mar enlouquecido. A lagosta ou o gigante camarão tigre, famoso no país, são servidos frescos porque são pescados na sua costa. Além disso, quem curti comidas apimentadas, não pode deixar de provar o molho peri-peri, a paixão nacional.

A riqueza cultural do país é incomparável, a diversidade de grupos étnicos deu origem a mais de 43 línguas, muitas tradições, culinárias e diferentes crenças. Cada província tem suas peculiaridades e vale a pena conhecer muitas delas.

Na costa moçambicana, os trajes devem ser leves, não deixe de levar roupas de banho, chinelos, bermudas e camisetas. Mas não se esqueça de proteger a pele com protetor solar, usar chapéu ou boné, óculos de sol e ainda protetor labial.

Nas áreas centrais e norte do país, os hábitos e costumes locais são mais conservadores devido à influência muçulmana. É aconselhável cobrir mais o corpo e as mulheres devem usar roupas até o joelho ou saias longas.

Já no interior, que abrange as áreas de conservação da natureza, prefira usar roupas de algodão em tons claros e neutros e sapatos confortáveis. Os itens essenciais para um safári são: binóculos, repelente de insetos, chapéu com abas ou boné, protetor labial, protetor solar, câmera fotográfica e óculos de sol. Um casaco leve também ajudará na proteção contra insetos no final do dia.

A rede de estradas em Moçambique está melhorando e quase todas as áreas costeiras entre Maputo e Vilanculo permitem a circulação de veículos pequenos, com exceção de algumas estradas de acesso que estão muitas vezes cobertas com areia. Também carros simples podem trafegar sem problemas nas estradas entre Nampula, Nacala, Ilha de Moçambique e Pemba, na rota da Beira e Tete. Fora dessas áreas citadas, é recomendado dirigir ou viajar em carros mais potentes e maiores, pois existem muitos buracos e as condições das vias não são boas.

O transporte popular é conhecido como “chapas”, são vans ou mini caminhões abertos de proprietários privados que asseguram cerca de 70% do transporte de passageiros nas cidades de Maputo e Matola. O condutor é chamado de “chapista”. Mas, é aconselhável optar por ônibus sempre que possível ao invés das chapas.

Em algumas rotas, a única opção de transporte é o caminhão, muito são conversíveis e as viagens longas ao sol, com passageiros expostos à poeira não são agradáveis, a menos para quem consegue um assento dentro da cabine. Já em relação ao trem, o único usado regularmente por turistas é a linha entre Nampula e Cuamba. A malha aérea do país é muito boa, o aeroporto internacional de Maputo é o principal do país. Os voos regionais também cobrem os aeroportos de Vilanculo (VNX), Beira (BEW), Nampula (APL) e Pemba (POL).

A moeda oficial é o metical (meticais, no plural), representada por MZN ou MTn. Um metical é equivalente a 100 centavos (ct).

Pagamentos podem ser feitos sempre em meticais. Dólares norte-americanos e Euros também são geralmente aceitos, especialmente nos lugares de médio e alto preço, e o rand sul-africano no sul de Moçambique. É fácil trocar dólares em qualquer parte e também o rand, sendo as melhores moedas para levar ao país. Euro também presenta facilidade de troca nas grandes cidades, mas em outros locais é difícil.

Em Maputo e outras grandes cidades há casas de câmbio, que geralmente oferecem valores equivalentes ou um pouco superiores ao dos bancos, e permanecem abertos por mais tempo. Pessoas nas ruas podem oferecer ajuda para troca de moeda, isso é considerado ilegal, não é seguro e evite esse tipo de transação. Os bancos costumam estar abertos de segunda a sexta-feira das 8h às 15h e aos sábados das 9h às 13h.

Todas as grandes cidades e muitas pequenas dispõem de caixas eletrônicos para retirada de dinheiro. A maioria aceita Visa, apenas alguns aceitam MasterCard, AMEX. Os cartões de crédito podem ser usados para pagamentos no hotéis mais sofisticados e em alguns locais turísticos com preço médio, mas às vezes é cobrada uma comissão pela transação.

Fora de Maputo, o mais indicado é levar tanto meticais quanto dólares norte-americanos com notas de valores baixos para facilitar os trocos. Além disso, cartão Visa para retirada de dinheiro em meticais nos caixas eletrônicos e alguns travellers cheques para qualquer emergência, embora sejam difíceis de trocar.

O Imposto de Valor Acrescentado (IVA) em Moçambique é de 17%.

É aconselhável beber água engarrafada, marcas de boa qualidade estão disponíveis em todos os centros urbanos e turísticos.

A voltagem do país é220/240V – 50 hz.

O turista deve tomar alguns cuidados no consumo de alimentos, com objetivo de minimizar os riscos de transtornos intestinais freqüentes em zonas tropicais. Prefira alimentos bem cozidos e evite os crus, expostos e ainda requentados.

Principalmente no norte do país, é difícil encontrar postos de gasolina fora das grandes estradas. É aconselhável levar combustível de reserva para as áreas mais remotas. Algumas vezes a falta de energia também atrapalha o fornecimento do combustível.

Os galhos de árvores na estrada são a versão local das luzes ou triângulos de emergência e significa que há uma parada, tão grande quanto um buraco cratera ou alguma calamidade similar.

É normal dar gorjeta e essa é a expectativa dos funcionários dos hotéis e restaurantes. Uma gorjeta de 10% será aceita com agrado.

Até a última década, a Malária era a principal causa de mortalidade no país e de internamentos nos hospitais nacionais. O risco foi um pouco amenizado, mas ainda é grande de contrair a doença em Moçambique.

Além disso, algumas medidas são indicadas para prevenir as picadas de mosquitos como, por exemplo, cobrir bem o corpo no final da tarde, usar repelente de insetos e mosqueteiro ao dormir.

Também é recomendado vacina contra cólera, tétano, hepatite, febre tifóide, além da obrigatoriedade da vacina de febre amarela. Por isso, planeje-se com antecedência porque muitas vacinas precisam de semanas para começar a fazer efeito no organismo.

Nossa recomendação é aquisição de seguro internacional confiável antes do embarque. Ele deve cobrir doença, acidente, roubo, evacuação aérea e ainda despesas hospitalares.

O nome Moçambique é derivado da pronúncia errada do nome do seu governante “Mussa Bin Bique”, no século XVI. Os portugueses não sabiam pronunciar corretamento o nome do sultão que deu origem ao nome da Ilha de Moçambique e depois à nação.

A barragem de Cahora Bassa em Moçambique é a quinta maior do mundo. Sua imponência se mistura com vales profundos do rio Zambezi e seus afluentes, formando lindas paisagens.

A timbila, um instrumento musical de percussão utilizado pela etnia chope, foi considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Mia Couto é um escritor moçambicano de grande destaque internacional, já conquistou muitos prêmios de literatura e publicou mais de 30 livros.

Nas ruas de Maputo foram gravadas cenas do filme Diamantes de Sangue.

A marca registrada da culinária local é o molho de peri-peri, feito com os frutos menores da pimenta malagueta. Ele é usado em quase todas as receitas, seja no frango, no peixe, ensopado.

O frango cafrial ou à zambeziana, que é marinado em leite de coco, é o destaque da culinária da província de Zambezi. Também é tradicional o matapa, prato preparado com folhas de mandioca e castanha de caju.

A cerveja nacional preferida é 2M e a bebida típica Cashu, que é preparada com casca de castanha de caju.

Embondeiro é uma árvore secular, imponente, mas há uma lenda africana que conta que ela foi castigada pelos deuses e posta de cabeça para baixo por ter inveja das outras árvores. Ela é bem diferente, sua copa é enterrada e as raízes são para cima, pode ser encontrada nas províncias de Cabo Delgado, Inhambane e Tete. Inclusive, foi citada pelo autor francês Saint-Exupéry no seu conhecido livro “O Pequeno Príncipe”.



Planeta
África