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Quênia

Quênia – terra do safári

Que tal um passeio de balão no meio da savana africana? Já imaginou um safári com a vista do Monte Kilimanjaro – o mais alto da África – ou até presenciar a fantástica migração de gnus (antílopes), quando cerca de 1.5 milhão e 500 mil zebras correm para atravessar o Rio Mara? Ou quem sabe ver os grandes predadores em ação? Tudo isso é possível no Quênia, um país tradicional na organização de safári, desde 1900 essa atividade já atraía visitantes e hoje milhares de pessoas circulam entre os parques e reservas anualmente.

Mas, o que há de tão especial no safári queniano? Primeiro, a grande diversidade de fauna e flora, com espécies raras e ameaçadas de extinção. É o terceiro país no mundo em variedade de espécies de aves, são mais de 1.300 diferentes. A infra estrutura dos hotéis, alojamentos, o serviço, a comida são de alta qualidade, inclusive em locais remotos. Além disso, muitos parques e reservas são habitados por tribos – são mais de 50 no país, divididas em sete etnias – o que tornam os cenários ainda mais coloridos e ricos de cultura e história.

A nação é jovem, apenas em 1963 que ele se libertou da Inglaterra e se tornou uma República Democrática. Apesar de passarem por dificuldades econômicas, os quenianos mantêm o bom humor e a simpatia, os visitantes irão ouvir todo o tempo duas palavras: Jambo e Karibu, que significam “olá” e “seja bem-vindo”, respectivamente, na língua nacional suaíli. O povo também é um fator de sucesso no turismo, eles tornam a viagem muito mais agradável.

Porém, o Quênia vai muito além dos Big Five, possui uma costa com praias paradisíacas, planícies imensas (Maasai), montanhas com topo coberto de neve – Monte Quênia, o segundo mais alto do continente africano. Também tem lagos de água fresca, salgados e alcalinos, que são santuários de pássaros e aves, além disso, tem desertos selvagens e remotos e uma infinidade de parques e reservas naturais, cada um com suas belezas naturais e atrativos.

O país está situado na Linha do Equador, na porção leste da costa africana e é banhado pelo Oceano Índico. Com uma área total de 582.650km², sendo quase 5.200 km² composta por água fresca, a maioria do Lago Rudolf. O ponto mais elevado é o Monte Kenya com 5.199 metros, o segundo mais alto da África, perde apenas para o Monte Kilimanjaro, na sua vizinha de fronteira Tanzânia.

Quênia faz divisa com cinco países: Sudão do Sul (noroeste), Etiópia (norte), Somália (nordeste), Tanzânia (sul) e Uganda (oeste) . Muitos habitantes da fronteira do Sudão estão etnicamente relacionados com os quenianos. O Lago Victória está à oeste do Quênia e é de grande importância por fazer fronteira com três países – Quênia, Tanzânia e Uganda, ambas nações possuem uma história de colonização inglesa.

Com mais de 35 milhões de habitantes, sendo 78% em regiões rurais, o país está dividido em sete províncias: Central, Coast, Eastern , North Eastern, Nyanza, Rift Valley e Western. Sua população não se distribui uniformemente, mas se concentra entre o sul e o centro do país, sendo o norte a região menos povoada. A capital é Nairóbi, que está no centro do país, porém a cidade mais importante devido ao turismo é Mombasa, que abriga ainda o maior porto na costa leste da África.

Quênia possui uma vegetação altamente diversificada, que varia desde florestas de mangues e coqueiros na costa, passando por savana de gramíneas e bosques até florestas montanhosas.

Sua flora ao norte é de savana, composta de gramíneas e arbustivas associadas a poucas árvores pequenas, retorcidas e de folhas antigas e com cascas grossas. Uma vegetação perfeita para os elefantes, rinocerontes, hipopótamos, girafas, búfalos, antílopes e gazelas, assim como leões, leopardos, hienas e chacais (carnívoros).

Já ao sul é uma selva equatorial, densa, frondosa e exuberante (conhecida como Taita Taveta), que é habitat de inúmeras espécies de aves, símios (chimpanzés e gorilas), répteis, anfíbios e insetos.

O clima ao norte, o interior do país, é árido (quente e seco); enquanto que ao sul, região litorânea, é tropical (quente e úmido no verão, frio e úmido nas outras estações do ano). A maior parte do país está em áreas de planalto e montanhas, por isso, o tempo é geralmente quente e agradável. Entre os meses de março e abril há período de chuvas longas, já entre outubro e novembro as chuvas são mais rápidas em todo país. Nos outros meses há predominância de sol e calor. Violentas tempestades ocorrem no período chuvoso na região do Lago Turkana, principalmente ao redor do Monte Kulal.

Já na costa, os meses quentes são em setembro, outubro e entre dezembro e abril, mas a brisa fria torna a temperatura agradável. Nos outros meses, o calor e a umidade são constantes, mas não insuportáveis. Na região ao norte, onde há áreas semi-desertas, é quente e seco o ano todo, apesar das ocasionais cheias. Na capital Nairóbi, as temperaturas variam entre 11 e 23°C em julho, e as áreas mais altas esfriam no final da tarde nos meses de julho e agosto, já em fevereiro os termômetros marcam entre 13 e 28°C.

Em geral, a melhor época para um safári fotográfico é entre junho e março. A principal atração é a Reserva Masaai Mara, e o espetáculo de migração dos gnus quando atravessam o Rio Mara acontece entre agosto e setembro, mas até novembro é possível observar ainda os animais da migração circulando no parque.Já as reservas naturais Samburu, Buffalo Springs e Shaba Natural são ótimas para serem visitadas durante a estação seca, quando a vida selvagem se concentra ao redor de fontes de água permanentes e sua observação é mais fácil.

As línguas oficiais do país são inglês e suaíli. O inglês é mais usado para negócios, na educação superior e nos órgãos do governo. Já suaíli, idioma que mistura árabe com bantu, está mais conectado com o estilo urbano e utilizado em algumas profissões, é quase universal em comércio de pequena escala, na mídia e na educação primária. Anúncios publicitários são encontrados tanto em inglês como suaíli, já os programas de rádio têm conteúdo em suaíli, inglês e também em várias línguas africanas.

Existe uma considerável variação do suaíli falado, pois são sete dialetos e três subdialetos no país. O mais usado é considerado um dialeto de Zanzibar. Ao longo do tempo, o idioma recebeu influência árabe, persa, hindu e inglesa, por isso, hoje é considerada a língua mais flexível de todas na porção leste da África. Essa flexibilidade é facilmente percebida nas cidades, especialmente na capital Nairóbi. Cada tribo tem seu próprio dialeto como característica de sua cultura regional, o que faz do Quênia uma nação com mais de 50 dialetos.

Os habitantes do Quênia, atualmente, são quase todos imigrantes, cujos antepassados ​​chegaram ao país menos de 10 mil anos atrás. Os primeiros estrangeiros a chegarem ao longo da costa foram os árabes que vieram durante os séculos III e IV, e se estabeleceram na costa. Eles desenvolveram pontos comerciais que facilitaram o contato entre o mundo árabe, persa e indiano.

A cultura estrangeira e local se misturaram e deu origem à uma sociedade única chamada Swahili (suaíli). Entretanto, no norte do país, a cidade-ilha de Lamu continua a ser uma comunidade Swahili, mas inalterada pela influência dos imigrantes, por exemplo não circulam carros na ilha e o meio de transporte popular é o burro.

No século XVI, chegaram os portugueses, que construíram o Forte Jesus, em 1598, sobre o porto de Mombasa. Esta continua a ser uma das principais atrações da cidade de Mombasa. Eles tentaram estabelecer essa base de apoio, mas foram expulsos pelos estados suaíli e pelos árabes omãs, no final do século XVII. Estes últimos passaram a controlar toda costa, em 1830.

A colonização inglesa teve início em 1890, quando os britânicos obtiveram minerais preciosos, recursos naturais (madeiras e especiarias) e escravizaram a população. Isto perdurou até o início da década de 1950, quando surgiram movimentos de libertação do povo queniano, sendo o principal deles da tribo Gikuyu (de etnia Kikuyu) denominado Mau Mau (Burning Spears).

Em 1952, o grupo Mau Mau iniciou campanhas violentas contra os colonos brancos e um estado de emergência foi declarado, que culminou com a detenção de Mzee Kenyatta, líder do partido União Africana do Quênia (KAU). Em 1953, Kennyatta foi acusado de envolvimento com o grupo Mau Mau e o partido foi banido. Três anos mais tarde, uma rebelião liderada pelo mesmo grupo matou milhares de pessoas, principalmente africanos. Em 1959, Kennyatta foi solto, mas cumpriu prisão domiciliar. Só em 1960 o estado de emergência terminou quando os britânicos anunciaram planos para preparar o país para as leis africanas. Nesse momento, o KANU (União Nacional Africana do Quênia) foi formado por Tom Mboya e Oging Odinga.

O país conquistou independência em 1963 e Kenyatta assumiu como primeiro-ministro e se tornou o líder pós-independência do país. Em 1966, Odinga deixa o partido por conflitos ideológicos e cria o partido rival denominado União do Povo do Quênia (KPU). Em 1969, o assassinato do ministro do governo,Tom Mboya, dá início aos conflitos étnicos. O partido KPU foi banido e Odinga preso. Kanu foi o único partido para disputar eleições.Em 1974, Kennyata foi reeleito, mas quatro anos depois morreu e foi sucedido pelo seu vice, Daniel arap Moi,da tribo Turgen (etnia Kalenjin).

Moi assumiu o cargo, no dia 14 de outubro de 1978 e manteve o posto até 2002 (pelo partido KANU). Nesse período, muitas crises afetaram o país devido à postura ditatorial de Moi, tendo seu ápice no final da década de 1980, com batalhas sangrentas entre as tribos Gikuyu e Turgen. Tais conflitos tomaram proporções gigantescas, principalmente quando as etnias uniram diversas tribos, Kikuyu contra Kalenjin, colocando mais de 70% da população em conflito.

Em junho de 1982, a Assembléia Nacional declarou que o país teria apenas um partido político. A partir de 1987, a oposição foi reprimida e começaram também as críticas internacionais por conta dos presos políticos e abuso dos direitos humanos. Em 1990, com a morte do Ministro das Relações Exteriores, Robert Ouko, em circunstâncias suspeitas, cresceu o números de dissidentes do governo.

Em 1991, um fórum para estabelecer a Democracia (Ford) foi formado por seis líderes opositores, incluindo Oging Odinga. Mas, o partido foi banido e os membros presos. Nesse ano, os credores suspenderam ajuda ao país devido à feroz condenação internacional diante do cenário que se configurava. Só em dezembro de 1991, uma conferência especial do partido Kanu aceitou apresentar um sistema político multipartidário e realizar eleições diretas em 1992.

Após eleições diretas, foi garantida a continuidade do governo Moi até 1997. Muitas razões o ajudaram no processo eleitoral e na permanência no poder, seja pela oposição ao governo estar dividida em 11 partidos (o que enfraqueceu seus resultados nas urnas), seja pelo controle do processo eleitoral ser feito pelo próprio Moi (com abuso de fraudes).

A constituição impediu o presidente Moi de ser candidato novamente. Ele indicou Uhuru Kenyatta (filho do primeiro presidente, Mzee Kenyatta) como novo candidato do partido KANU. Os 10 maiores partidos de oposição se uniram em uma única legenda, denominada NARC (National Rainbow Coalition, ou Coalizão Nacional do Arco-Íris). Seu candidato, Mwai Kibaki (da etnia Kikuyu) enfrentou o candidato Uhuru Kenyatta. Mwai Kibaki, que já era um dos vice-presidentes na época do Moi, foi eleito em 2002 e hoje é o presidente do Quênia, após 24 anos de ditadura Moi.

Cidadãos brasileiros precisam de visto para entrar no Quênia, além disso, apresentar o Certificado Internacional de Vacinação contra febre amarela. A recomendação da Embaixada do Quênia no Brasil é que o mesmo seja obtido antes da viagem, porém o visto pode ser providenciado no momento da chegada naquele país, junto ao departamento de imigração. O visto permite uma entrada no Quênia, com validade máxima de 3 meses.

 

Documentos necessários para viagem a turismo:

  • Passaporte original com validade mínima de 06 meses;
  • 02 fotos 3×4 recentes e iguais;
  • Cópia do bilhete aéreo, ida e volta confirmados;
  • Formulário preenchido e assinado (1 via para turismo);

 

Desde 1º de janeiro de 2014 entrou em vigor o Visto Turístico para o Leste da África (EAVT), abrangendo o Quênia, Ruanda e Uganda. O EAVT é um visto válido por 90 dias e com múltiplas entradas, e permite a livre circulação entre os três países. O titular do visto deve entrar pelo país que o emitiu e, em seguida, poderá viajar para os restantes. O visto não é de trabalho e não pode ser prorrogado.

 

Embaixada do Quênia em Brasilia – DF
SHIS QL 10, Conjunto 08, Casa 08, Lago Sul
Brasilia, DF CEP 71.630-085
Tel.: (61) 3364-0691 – Fax (61) 3364-0978
E-mail: brazil@mfa.go.ke

Cerca de 8% do território do Quênia está em área de proteção e conservação da vida selvagem. Essas áreas foram classificadas como parques ou reservas e abrangem vários tipos de ecossistemas: florestas, terras alagadas, savana, marinho, árido e semi- árido. Todas as áreas protegidas compreendem 23 parques nacionais terrestres, 28 reservas nacionais terrestres, 4 parques nacionais marinhos, 6 reservas nacionais marinhas e mais 4 santuários nacionais.

A distinção entre as duas categorias é a seguinte: em parques existe proteção completa dos recursos naturais e as únicas atividades permitidas são o turismo e pesquisa. Por outro lado, em reservas, as atividades humanas são permitidas sob condições específicas, por exemplo, a pesca em reservas marinhas ou coleta de lenha nas reservas terrestres. Cada parque e reserva possui suas caracteristicas próprias, geografia e vida selvagem. Além de muitas opções de acomodação, desde áreas para acampar até hotéis luxuosos.

O turismo é a segunda indústria mais importante para a Economia do Quênia, por isso, a preocupação com a conservação e preservação da vida selvagem é constante e os turistas precisam obedecer as regras de cada local nesse sentido. Para os visitantes que buscam safári, não faltam opções, porém, cinco parques e/ou reservas são mais procuradas pela diversidade de animais, paisagem e experiência de safári: Maasai Mara Reserve, Amboseli National Park, Lake Nakuru National Park , Tsavo National Park – East & West e ainda Samburu, Buffalo Spring e Shaba National Parks.

A Reserva Maasai Mara (Maasai Mara Reserve) é o destaque do país por ser um santuário para milhões de animais, entre eles: leão, girafa, elefante, búfalo, javali, leopardo, hiena, guepardo. Além disso, é muito famosa por causa da migração anual de gnus, cerca de 1.5 milhões, e 500 mil zebras que durante todo o ano fazem um percurso circular entre esta reserva e o Serengeti, na Tanzânia. No início de agosto, eles cruzam o rio Mara e permanecem no Maasai Mara até o mês de outubro, alguns são vistos ainda em novembro. Essa travessia do rio é um dos pontos altos da migração e atrai milhares de turistas. A beleza deste parque, com uma área de 1.510 km², está também na movimentação desses animais que se misturam com milhões de antílopes, zebras, gazelas e por ser o melhor local para observar os carnívoros em ação. Ao redor da reserva é possível encontrar várias aldeias da tribo Maasai (de etnia Kalenjin), uma das mais tradicionais que ainda preserva suas raízes fortemente.

O Parque Nacional Amboseli (Amboseli National Park) é pequeno, mas muito frequentado porquetem uma das vistas mais bonitas do mundo. O ponto mais alto da África é o monte Kilimanjaro, que fica na Tanzânia e tem uma altitude de 5.896 metros. É a montanha isolada mais alta do mundo, entretanto, por mais estranho que possa parecer, o melhor lugar para observá-la não é na Tanzânia, mas no Parque Nacional Amboseli, situado a cerca de 200 km da capital Nairóbi. Isso já seria uma razão suficiente para visitar o parque, mas é também um espetáculo ver milhares de animais selvagens desfilando pelas suas planícies, inclusive lá se encontram os elefantes com maiores presas do continente africano.

O Parque Nacional Lago Nakuru (Lake Nakuru National Park) é conhecido como o paraíso para observação dos pássaros. Situado a duas horas e meia de Nairóbi, ele tem entre seus encantos uma misturar de selva tropical com savana, o que facilita a observação dos animais. O Nakuru é um lago raso de águas salgadas e alcalinas, devido às características vulcânicas da região, e a grande quantidade de algas atraem cerca de 2 milhões de flamingos rosas. Além disso, as águas alcalinas afastam predadores, sendo ainda refúgio de dezenas de milhares de pássaros. No parque é possível encontrar as duas espécies de rinocerontes (branco e negro), além de búfalos, javalis, antílopes, zebras e todos os grandes felinos. Os famosos leões, que dormem sobre as árvores para fugir dos insetos no meio da vegetação rasteira, compõem a paisagem do local. O melhor lugar para observar a região e o lago Nakuru é do Babbon Clift (penhasco dos babuínos), onde esses primatas estão por toda a parte.

Os Parques Nacionais Tsavo – Leste e Oeste (Tsavo National Park – East & West)constituem a maior reserva de vida selvagem do Quênia. Por ser um parque montanhoso, é possível ver espécies diferentes das encontradas nos parques com planícies, como no caso do Amboseli e Maasai Mara. Um ponto de parada obrigatória, na porção leste, é em Mzima Springs, onde as águas subterrâneas e purificadas pelas rochas vulcânicas emergem e formam duas piscinas. Lá existe um local de observação submarina, feita com painéis de vidro, onde é possível ver a vida privada dos hipopótamos e peixes.

Samburu, Buffalo Spring e Shaba National Parks, são três parques que formam um conjunto, elesestão localizados a seis horas de Nairóbi e a vegetação seca reflete na vida selvagem. Os parques são cercados por montanhas rochosas e separados pelo rio Ewaso Ngiro, que concentra inúmeros crocodilos, outros répteis, aves e pássaros. Além dos clássicos animais do safári, existe um grupo de mamíferos que apenas é encontrado nessa região mais seca, como o beisa oryx (uma espécie de antílope africano), grevy´s zebra (conhecida como zebra imperial e uma espécial altamente ameaça de extinção) e gerenuk (espécie de antílope com o pescoço bem alongado).

Escalar o Monte Quênia (5.199 mestros), o segundo maior da África, é também uma das prioridades para muitos viajantes no país. Mas, quem não curte essa aventura, pode apreciar a paisagem do monte com seu topo coberto de neve que já vale muito a pena.

A abundância da vida selvagem do Quênia não existe em nenhum outro lugar do planeta. Essa é a terra onde os grandes felinos e mamíferos circulam livremente em seu habitat natural. Apesar de ser considerado a casa dos Big Five (leão, elefante, rinoceronte, leopardo e búfalo), o país também possui espécies raras de insetos, borboletas brilhantes e coloridas, raros camaleões, pássaros, sem falar na flora que está ao redor dos animais.

A Grande Migração Gnu (espécie de antílope) é considerada um dos mais impressionantes espetáculos naturais do mundo e acontece entre os parques Maasai Mara, no Quênia, e no Serengeti, na Tanzânia. São mais de 1.5 milhões de gnus e 500 mil zebras que atravessam o Rio Mara, no Quênia. Nessa movimentação, estima-se que cerca de 8 mil gnus nascem, mas cerca de 250 mil sobrevivem aos ataques dos predadores no meio da jornada.

A diversidade geográfica do Quênia nasce do Grand Rift Valley, uma divisão natural que corta o país. Ele se estende por 5mil km² e é uma rota antiga, tanto para a migração humana e animal, pois forma 8 lagos – a maioria alcalinos e salinos, com alta concentração de pássaros, e apenas dois são de água fresca. O visitante pode testemunhar o espetáculo impressionante de milhares de flamingos rosas reunidos para se alimentar e reproduzir no lago Nakuru.

Quênia é o terceiro país no mundo em variedade de espécies de aves, são mais de 1.300 diferentes. Só para efeito comparativo, em toda Europa não chegam a 400 espécies de aves. Diante dessa riqueza, a maioria dos documentários sobre aves são filmados em solo queniano.

O país tem um total de mais de 50 parques e reservas nacionais, incluindo parques marinhos. Estes são complementados por santuários privados e fazendas de caça que constituem cerca de 10% da sua superfície territorial. Os parques mais populares e reservas são Maasai Mara, Samburu, Tsavo, Amboseli e Lago Nakuru.

A infraestrutura turística do Quênia é de altíssima qualidade. O país tem tradição na organização de safáris desde 1900, quando a aristocracia europeia foi viver naquele país. Isso é perceptível e até muito curioso como eles conseguem manter o alto padrão dos hotéis, alojamentos, do serviço, da comida mesmo em lugares extremamente remotos.

Os quenianos são outro fator de sucesso no turismo local. Eles estão sempre com sorriso largo no rosto, e não buscam problemas, encaram a vida no estilo “hakuna matata”. O caráter da população e a forma como servem os visitantes tornam a viagem mais tranqüila e agradável.

 A Costa do Quênia atrai muitos turistas pelas lindas praias com areia branca que são protegidas por uma barreira de corais, ao longo de mais de 480 Km do norte ao sul. As águas calmas são ideias para nadar, mergulhar e também para a prática de esportes aquáticos (caiaque, windsurfing, vela, etc.)

Além de ser a porta de entrada do país, a região costeira abriga mais de nove comunidades que falam os dialetos que foram base para a língua suaíli, idioma nacional. Essa mistura de pessoas e cultura revela um cenário multicolorido que resiste ao logo do tempo.

O país tem mais de 50 tribos, divididas em sete etnias, cada uma com variadas línguas e muitos dialetos. Cada grupo étnico possui um diferente e constrastante estilo de vida. Quem viajar pelo Quênia encontrará culturas fascinantes como, por exemplo, os Maasai no sul, os Swahili ao longo da costa, e os Samburu mais ao norte. É possível passear pelos vilarejos e conhecer mais de perto as culturas locais.

Estudos recentes apontam para a África como o berço de todas as civilizações, onde surgiram os primeiros Homo sapiens, sendo que os fósseis mais antigos de Homo habilis e Homo erectus, datados de 2.6 milhões de anos, foram descobertos na região do lago Turkana, ao norte do Quênia. Por isso, cada etnia africana tem uma história milenar e ter a oportunidade de visitar as tribos quenianas é uma experiência única.

Dependendo da época do ano, os visitantes poderão sentir variações climáticas entre os parques e reservas, por isso, a recomendação é levar roupas adaptáveis. Embora muitos parques estejam situados em áreas de baixa altitude e com temperaturas quentes, à noite costuma esfriar bastante.

Leve sempre um casaco na mochila, pois ele pode ser útil no final do dia. Inclua ainda na mala sapatos fechados com cadarços, roupas de algodão, confortáveis e em tons claros, especialmente nos safáris para não atrair atenção dos animais durante o passeio.

Outros itens que não podem faltar: óculos de sol, repelente de insetos, protetor solar, binóculos, chapéu ou boné, calça comprida, câmera fotográfica. Outra indicação é levar na mala alguns medicamentos que você já deve ter usado para dor, algum antialérgico, antiácido e remédio para gripe. Vale lembrar que as lojas locais costumam vender roupas e acessórios ideais para um safári.

Já quem vai visitar a costa deve saber que a maioria da população é muçulmana, por isso, é aconselhável vestir-se de forma conservadora fora dos resorts.

A orientação do trânsito é no sentido inglês. O meio de transporte mais popular é o “matatus”, são vans ou carros que permitem mais de um passageiro por viagem. Porém, eles circulam informalmente e é melhor evitá-los pelos elevados números de acidentes de trânsito. Também é possível utilizar táxis e meios de transporte públicos para viagens urbanas, mas o viajante deve sempre solicitar o aconselhamento do hotel onde estiver alojado sobre qual empresa de transportes escolher.

Já as viagens de longa distância entre aeroportos, hotéis e parques nacionais devem ser feitas, preferencialmente, por via aérea ou, em alternativa, em meios de transporte providenciados por agências de turismo conhecidas ou hotéis. Neste último caso, convém evitar viagens noturnas. A rede viária é, em várias regiões, deficiente e a falta de iluminação e os hábitos locais de condução tornam o deslocamento pela estrada perigoso. Não hesite em solicitar ao condutor que reduza a velocidade, caso se sinta inseguro.

Em relação à linha férrea entre Nairóbi-Mombasa e Nairóbi-Kisumu, os turistas utilizam raramente o comboio como meio de transporte e deverão ter muito cuidado com os seus bens, já que as cabines apenas podem ser trancadas por dentro.

A moeda local é o Xelim queniano (KES, sigla internacional), uma unidade monetária equivale a 100 centavos.

O sistema bancário é desenvolvido e o horário de funcionamento varia por região, mas geralmente abrem de segunda à sexta das 8-9h às 14h e nos primeiros e últimos sábados de cada mês ficam abertos das 9h às 11h. Em Nairóbi, é mais fácil encontrar agências bancárias até as 16h.

As operações cambiais são realizadas pelos bancos, hotéis e FOREX EXCHANGE. Não é aconselhável o câmbio fora destas entidades, pois facilmente o turista encontrará pessoas nas ruas, principalmente em Nairóbi, interessadas em comprar dólar.

Os principais cartões de crédito internacionais e travellers cheques são aceitos. Seja prudente com a quantidade de dinheiro na carteira durante os passeios.

Um imposto de 16% sobre a circulação de mercadorias (VAT) é adicionado ao preço da maioria dos produtos e serviços.

Recomendamos aquisição de seguro internacional confiável antes do embarque. Ele deve cobrir doença, acidente, roubo, evacuação aérea, despesas hospitalares. Vale ressaltar que no país não é dada alta dos hospitais sem o pagamento das despesas hospitalares.

A profilaxia da Malária não é obrigatória para entrar no Quênia, mas saiba que existe um risco real de contrair a doença, uma vez que Mombasa, na costa, é uma das áreas de maior risco. A recomendação é procurar um médico com antecedência para indicar as medicações necessárias. Além disso, tome algumas precauções durante a viagem: use repelente de insetos, especialmente à noite, mosquiteiro e opte por roupas de mangas compridas e calças, já que assim o seu corpo vai estar menos exposto às picadas dos mosquitos.

Também é recomendado vacina contra cólera, tétano, hepatite, febre tifóide, além da obrigatoriedade da vacina de febre amarela. Por isso, planeje-se com antecedência porque muitas vacinas precisam de semanas para começar a fazer efeito no organismo.

É imprescindível a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação contra febre amarela na entrada do país.

Não beba, em hipótese alguma, água da torneira e não aceite gelo nas bebidas. A recomendação é apenas beber água engarrafada e bebidas enlatadas de marcas registradas. Já com o café e chá não há problema.

O viajante deve evitar a ingestão de saladas e também evitar tomar banho em rios ou lagos de água doce, devido às doenças, parasitas e animais selvagens.

A exportação de artefatos de marfim, peles e casca de tartaruga, entre outros, é expressamente proibida.

A maioria da população na costa é muçulmana, por isso, é aconselhável vestir-se de forma conservadora fora dos “resorts” turísticos. O “topless” é proibido.

Procure respeitar os costumes e as culturas locais, evite fotografar edifícios públicos e pessoas sem autorização prévia.

Nairóbi é a sede do escritório africano das Nações Unidas e a capital econômica regional, o que torna o Quênia um alvo de grupos radicais. Por isso, seja prudente ao se deslocar pelo país, mantendo uma vigilância permanente e priorize a segurança pessoal nos hábitos diários. O mais recomendado é se locomover com auxílio de operadores de viagem confiáveis.

As redes telefônicas fixa e móvel em Nairóbi e Mombasa são razoáveis, embora as ligações internacionais se estabeleçam com algumas dificuldades. No interior, a rede telefônica é deficiente. O sistema de “roaming” e o acesso à internet funcionam razoavelmente.

Deslocamentos na estrada de Marsabit só devem ser feitas com escolta policial. As viagens por terra entre Melinde e Lamu, bem como em geral quaisquer viagens em áreas remotas, devem ser organizadas em caravana com outros viajantes, se possível com o apoio das autoridades locais.

Aconselha-se aos viajantes a evitarem áreas costeiras a menos 150 Km da fronteira com a Somália, devido aos recorrentes raptos de ocidentais e incursões de grupos radicais.

As paisagens quenianas inspiraram os criadores do filme O Rei Leão.

A comida típica do país é o Ugali, uma mistura de maizena com água cozida.

A tribo Maasai é uma das mais importantes do Quênia. Os Maasai são muito altos e esguios, são orgulhosos de sua cultura e aparência. Sempre estão armados com uma lança, uma faca de dois gumes e uma clava de madeira. São caçadores habilidosos, mas respeitam os animais selvagens e não os utilizam em sua alimentação.

Até pouco tempo atrás, para um jovem Maasai ser considerado adulto e poder casar, teria de matar um leão apenas com uma espada. Com o número de Maasais crescendo e os de leões diminuindo, o governo do Quênia proibiu a caça, não só de leões, mas de todo animal selvagem.

Já na maioria das tribos, como os Kikuyus, por exemplo, os rituais são mais simples para marcar a fase adulta, como a circuncisão. As garotas também tinham seu processo de iniciação da fase adulta com a amputação do clitóris. Porém, hoje esta prática está sendo menos utilizada devido aos princípios de direitos humanos em questões de gênero serem mais discutidos, até mesmo nas tribos mais isoladas.

A alimentação dos Maasais é baseada na carne de cabras, leite de vacas e sangue de boi (que misturam ao leite). Outro orgulho dos Maasai é sua música e dança. Eles dizem que o homem que salta mais alto durante a dança consegue as melhores namoradas.

As ruínas Gedi, que é uma cidade perdida na ilha-cidade de Lamu, também é um verdadeiro quebra-cabeça enigmático para historiadores e arqueólogos. Gedi permanece um mistério em relação ao que aconteceu com a cidade e seu povo. Até agora só sabem que as construções fantasmagóricas datam do século XVIII e foi um assentamento suaíli. O folclore local diz que o local está cheio de maus espíritos.

Quênia é famoso internacionalmente pelos atletas, que quebram freqüentemente recordes mundiais em muitas competições, especialmente no atletismo. Isso é atribuído à alta altitude dos locais de treino, a maioria nas áreas montanhosas.



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